De olhos fechados
Este, que não nos cega ou perturba,
nos condiciona à imensa visão.
Aquele que aprendemos sem saber,
sabendo que um dia há de ser.
Há de ter que usá-lo de olhos fechados,
sem conhecer a qual coração.
Nos emociona, nos encoraja a respirar o perdão.
Ensaiado, nos torna maiores no pouco que somos.
Em palavras, ele é o que não se pode descrever,
nem pelas mais belas e elaborados palavras.
Pois é um poder abstrato que reside em cada um.
Entre as forças ele é o mais suave e forte.
Entre tu e você, ele nunca está no meio,
encontra-se aqui dentro, aí dentro.
Em todos os lugares, em frestas.
Até na pequena e insalubre maldade,
que um dia há de se transmutar,
e de se tornar algo muito mais forte.
Por ele somos mais constantes, rígidos e flexíveis.
E sem ti, ele seria menor em mim.
Um pouco menos brilhoso e maravilhoso
Por graça, nós o temos livremente,
pois quem nasce o tem,
Em bocas falsas, ele não existe.
no peito que o tem, ele é símbolo íntegro.
Aquele ou este, aqui ou ali...
Este, está até onde o homem ainda não pode enxergar.
E até onde eu sei sobre ele, é realmente tudo que sinto por ti.
* Figura de Rafael Lewin
Que honra! Vc usou a ilustração que eu fiz.
ResponderExcluirobrigado, mestre!
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